Pressão escolar

Uma lição a partir do filme “Mãos Talentosas” de 1990

Por Jacinta Yasmin | 04 de outubro de 2023

Imagem: cena do filme Mãos Talentosas (1990) | Divulgação

O filme “Mãos Talentosas” de 1990 apresenta a história de Ben Carson, neurocirurgião pediátrico estadunidense. A obra aborda, dentre outros assuntos, o tema da cobrança de notas, pois ele, Ben Carson, era um menino que tirava notas ruins e, por isso, era taxado de “burro” pelos colegas de classe. Isso acabou fazendo-o duvidar de si mesmo e acreditar que não tinha inteligência.

Por outro lado, sua mãe era a única que prestava o devido apoio, apesar das dificuldades, que não eram poucas: Tais dificuldades contribuíam para o declínio do desempenho do garoto. No entanto, ele lutou pelo seu futuro apesar de todos os problemas e a pressão recorrente a qual enfrentava. Assim, Ben Carson tornou-se o maior neurocirurgião pediatra da década, além de psicólogo, escritor e professor.

A pressão escolar vem acompanhando os jovens dentro da escola a todo momento e há pouco diálogo direto com os alunos sobre esse problema de sobrecarga diária, que é causada, muitas vezes, pela pressão de boas notas ou a extensa carga horária.

Mesmo sabendo que esses processos fazem parte da nossa vida estudantil, quanto aguentaríamos nos cobrar por boas notas? Na maioria dos casos, ninguém está preocupado se você vai ter um futuro bom ou se você vai passar de ano, embora, ainda haja a preocupação de um futuro por parte da família.

Embora os jovens aprendam a lidar com isso durante sua rotina, por outro lado eles sentem a necessidade de se virar ao avesso para dar conta de uma rotina cansativa e estressante, lidando com aulas que perdem o sentido e notas que se tornam irrelevantes. Então por que não debatemos ainda mais sobre essa pressão diária? Ao meu ver, a escola carrega, sim, a culpa por “criar” crianças e adolescentes deprimidos e ansiosos.

Diante disso, o ambiente escolar deveria ofertar um meio de preservar os estudantes, seja eles de forma mais didática ou até mesmo com aulas para distrair os alunos da pressão sofrida recorrentemente pelos jovens que querem ter algum tipo de futuro, assim como no filme citado anteriormente.

Com isso, ainda podemos mencionar a taxação de colegas de classe sobre as notas expostas dentro da sala de aula, que faz com que o aluno se cobre ainda mais. Para evitar o que, no meu ponto de vista, pode ser agravante e desgastante, seria interessante se dentro de casa esses estudantes procurassem e tivessem o apoio familiar. Além disso, o apoio escolar também faz-se importante já que esses jovens passam mais tempo nesse ambiente do que em casa - na realidade da escola de tempo integral.

Dessa forma, construiríamos um ambiente muito mais saudável para o desenvolvimento de nossas atividades de aprendizagem.