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Paralimpíadas - Paris 2024, uma reflexão sobre capacitismo e inclusão

  • Foto do escritor: Ana Letícia
    Ana Letícia
  • 9 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de set. de 2024

Iniciadas em 28 de agosto, as Paralimpíadas de 2024 em Paris representam, sem dúvida, um marco crucial na luta contra o capacitismo e pela inclusão das pessoas com deficiência no cenário esportivo global.

Por Maria Clara Santos Uchoa


AS PARALIMPÍADAS


A história desses jogos remonta a um hospital no Reino Unido, onde soldados lesionados da Segunda Guerra Mundial começaram a praticar esportes como parte de sua reabilitação. O evento ganhou oficialidade apenas em 1964, em Roma, mais de duas décadas depois, com o objetivo de integrar atletas com deficiência ao maior evento esportivo do mundo.


BRASIL NAS PARALIMPÍADAS


O Brasil, que estreou nas Paralimpíadas em 1972 e conquistou suas primeiras medalhas em 1976, alcançou em 2024 a impressionante marca de 400 medalhas na história dos jogos. Gabriel Araújo garantiu a primeira medalha de ouro para o país neste ano, na natação. Até o dia 2 de setembro, a delegação brasileira já havia acumulado mais de 30 medalhas, com destaque para Carolina Santiago, que se consagrou como a maior atleta paralímpica do país, conquistando cinco ouros em Paris.


Ao final do evento, ficando em 5º lugar no quadro de medalhas, o Brasil conquistou 89 pódios: 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes.


REFLITA SOBRE


Contudo, aqui surge uma reflexão inevitável: se as Paralimpíadas são, de fato, um marco tão significativo, por que ainda são tratadas com menos importância do que as Olimpíadas convencionais? Por que a cobertura midiática é mais tímida, os patrocínios são mais escassos e as celebrações mais contidas, mesmo diante de feitos tão grandiosos? Talvez a sociedade ainda tenha dificuldades em reconhecer que os atletas paralímpicos, com todas as suas conquistas e histórias de superação, merecem o mesmo reconhecimento, respeito e admiração.


Afinal, por que não celebrar igualmente um evento que, na prática, já provou que o esporte é uma das mais poderosas ferramentas de inclusão e igualdade? Ou será que ainda precisamos de mais medalhas e recordes para finalmente aceitar que as Paralimpíadas têm, sim, a mesma grandeza e relevância?


Ilustração: Lodo, chargista do Jornal RCM

 
 
 

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